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23.6:

Osmoregulação em Insetos

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Osmoregulation in Insects

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Os insetos habitam todos os continentes da Terra e são encontrados em praticamente todos os habitats, mesmo no frio da Antártica. Entre as muitas adaptações necessárias para sobreviver em habitats tão diversos, Os insetos devem frequentemente ser resistentes à desidratação. A osmorregulação é uma das muitas adaptações que permite a tolerância a ambientes secos.Ela permite que insetos retenham bastante água para permanecer hidratados, e como pássaros, eles excretam resíduos pastosos ou sólidos. Os tratos digestivos da maioria dos insetos incluem túbulos de Malpíghia que se estendem do intestino a hemolinfa, o equivalente dos insetos aa sangue. Produtos residuais, como o ácido úrico, passam da hemolinfa para os túbulos de malpíghia.Os túbulos são revestidos por células que contêm bombas de troca molecular, que absorvem iões, tais como sódio e potássio, que são transportados para os túbulos. O aumento da concentração de iões, faz com que a água siga passivamente os iões nos túbulos via osmose. A partir da cavidade interior do túbulo, ou lúmen, os resíduos, a água, e.os iões viajam para o reto. Aqui, a maioria dos iões são transportados de volta para a hemolinfa. Devido a osmose, a água novamente segue passivamente os iões de volta na hemolinfa, onde pode ser encontrada em tempos de seca.O ácido úrico e outros resíduos são então excretados do corpo como um pó ou resíduo. A osmorregulação de insetos, portanto, permite-lhes excretar com segurança os resíduos enquanto conservando a maior quantidade de água possível.

23.6:

Osmoregulação em Insetos

Os túbulos de Malpighi são estruturas especializadas encontradas nos sistemas digestivos de muitos artrópodes, incluindo a maioria dos insetos, que lidam com excreção e osmoregulação. Os túbulos estão tipicamente dispostos em pares e têm uma estrutura torcida que aumenta a sua área de superfície.

Os túbulos de Malpighi estendem-se do trato digestivo, tipicamente a área entre o intestino médio e o intestino grosso, para a hemolinfa—uma mistura de sangue e fluido intersticial encontrado em insetos e outros artrópodes, bem como a maioria dos moluscos.

Ao contrário de outros sistemas excretórios, os processos excretórios dos túbulos de Malpighi carecem de uma etapa de filtragem. Resíduos metabólicos, como ácido úrico, difundem da hemolinfa para os túbulos.

Os túbulos estão revestidos por uma camada de epitélio de transporte. Estas células epiteliais especializadas contêm bombas que transportam ativamente iões, como sódio (Na+) e potássio (K+), da hemolinfa para o interior dos túbulos, chamado de lúmen. A osmose permite que a água siga passivamente os iões nos túbulos.

Do lúmen dos túbulos, água, iões e resíduos viajam do intestino até o reto. Microvilosidades minúsculas e salientes que revestem o interior dos túbulos ajudam a maximizar as ligações água-soluto e a propulsão de cristais de ácido úrico através dos túbulos.

No reto, glândulas especializadas bombeiam muitos dos iões de volta para a hemolinfa. A osmose permite novamente que a água siga passivamente os iões de volta para a hemolinfa . Os resíduos nitrogenados restantes, consistindo principalmente de ácido úrico concentrado, podem então ser excretados do reto como uma pasta ou pó, juntamente com fezes. Este sistema de reciclagem de água e iões permite eficazmente que o animal conserve água em ambientes desidratantes, como desertos.

O número de túbulos de Malpighi varia entre espécies, estágios de desenvolvimento e até mesmo indivíduos. Por exemplo, formigas operárias das espécies Crematogaster lineolata e Myrmicina americana têm cerca de 5 túbulos de Malpighi, enquanto que gafanhotos-do-deserto (Schistocerca gregaria) têm cerca de 250!

Suggested Reading

Igarashi, Peter. 2005. “Overview: Nonmammalian Organisms for Studies of Kidney Development and Disease.” Journal of the American Society of Nephrology 16 (2): 296–98. [Source]

Odonnell, M. J. 2009. “Too Much of a Good Thing: How Insects Cope with Excess Ions or Toxins in the Diet.” Journal of Experimental Biology 212 (3): 363–72. [Source]

Piermarini, Peter, Carlos Esquivel, and Jerod Denton. 2017. “Malpighian Tubules as Novel Targets for Mosquito Control.” International Journal of Environmental Research and Public Health 14 (2): 111. [Source]