Comportamentos altruístas são comportamentos “não egoístas”—aqueles que ajudam outro indivíduo às custas do indivíduo que executa o comportamento. Apesar das consequências negativas para o animal altruísta, acredita-se que esses comportamentos evoluíram por várias razões.
Razões para Comportamentos Altruístas
Em primeiro lugar, a maioria dos comportamentos altruístas ocorre entre indivíduos que estão relacionados. O altruísmo é particularmente pronunciado em animais que vivem em colónias com uma fêmea reprodutivamente capaz—a rainha—como abelhas e ratos-toupeira-nus.
Nestes animais eussociais, todos os membros de uma colónia são muito próximos. Os membros não reprodutores—por exemplo, as abelhas operárias—cuidam da rainha e dos seus filhos, realizando comportamentos altruístas, como trazer comida e defender a colónia. No decorrer dessas atividades, eles podem até sacrificar as suas próprias vidas pelo o bem da rainha e da colónia.
No entanto, por estarem intimamente relacionados com a rainha, o seu comportamento de auto-sacrifício aumenta a probabilidade de que os genes que compartilham com ela sejam passados através da sua progenia—preservando o comportamento altruísta na população.
O altruísmo também ocorre entre animais relacionados que não são eussociais, como esquilos que alertam outros membros do seu grupo—alguns dos quais relacionados com eles—com chamadas de alarme quando um predador está próximo. Isso coloca o esquilo em risco, mas ajuda o grupo, e os seus genes, a sobreviverem.
O altruísmo também pode ocorrer entre indivíduos não relacionados dentro de um grupo social, como quando primatas se asseiam uns ao outros ou compartilham alimentos. Embora esses comportamentos possam sair caros para o animal altruísta a curto prazo, eles podem ser benéficos se o favor for retribuído mais tarde. Isso é chamado de altruísmo recíproco e ocorre principalmente em animais que vivem em grupos sociais estáveis nos quais os indivíduos têm muitas oportunidades de “retribuir” os indivíduos que os ajudaram no passado.